Publicado em: 28-07-2025
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Partilhar via WhatsAppLuanda, 28 de julho de 2025 - A cidade de Luanda acordou hoje mergulhada no caos, com o início de uma greve de três dias convocada pelas associações de taxistas. O que estava previsto como uma "paralisação pacífica" rapidamente se transformou num cenário de desordem, com barricadas, pneus queimados, pilhagens e vandalismo a marcarem o primeiro dia de protesto.[1][2][3] A incerteza paira agora sobre o que os próximos dois dias trarão para a já tensa capital angolana.
A adesão à greve foi massiva, deixando as ruas praticamente desprovidas dos característicos "azuis e brancos".[1][4] Desde as primeiras horas da manhã, um número considerável de cidadãos sentiu o impacto da paralisação, enfrentando enormes dificuldades de locomoção.[3] Paragens de autocarro superlotadas, longas filas de espera e milhares de pessoas forçadas a caminhar longas distâncias tornaram-se a norma.[3][5] A procura pelos transportes públicos duplicou, gerando atrasos e constrangimentos para quem tentava chegar ao trabalho.[3]
No centro da contestação está o recente aumento do preço do gasóleo, que passou de 300 para 400 kwanzas por litro, no âmbito da retirada gradual dos subsídios aos combustíveis pelo Governo.[6][7] Os taxistas argumentam que esta medida, aliada à falta de uma tabela de preços unificada e à ausência de uma revisão das tarifas, torna a sua atividade insustentável.[8][9]
Para além do combustível, a classe queixa-se do aumento brutal do custo de manutenção dos veículos, da remoção de paragens sem aviso prévio e da falta de regulamentação e profissionalização da atividade.[7][10][11] As associações de taxistas afirmam ter entregado um caderno reivindicativo ao Governo Provincial de Luanda há mais de 15 dias, sem, no entanto, obterem uma resposta satisfatória.[10][11]
Apesar dos apelos para uma manifestação pacífica, o primeiro dia de greve foi manchado por vários atos de violência.[12] Em diversos pontos da cidade, como na Avenida Fidel de Castro, Viana, Cacuaco, Camama e Calemba 2, foram erguidas barricadas com contentores de lixo e pneus em chamas, bloqueando importantes vias de circulação.[3][13]
Relatos indicam a vandalização de viaturas particulares e de autocarros da operadora pública TCUL.[14] Lojas e armazéns foram pilhados em zonas como o Camama e o Calemba 2, levando ao encerramento de muitos estabelecimentos comerciais por receio de mais distúrbios.[4][14] A polícia foi forçada a intervir em vários locais para repor a ordem.[15]
O Governo Provincial de Luanda (GPL) manifestou "elevada preocupação" com os atos de vandalismo, atribuindo-os a "grupos de indivíduos não identificados e sem legitimidade representativa da classe dos taxistas".[3] O GPL chegou a afirmar que as principais associações tinham cancelado a greve após um esforço de diálogo, uma informação prontamente desmentida pelas próprias associações.[10][11]
Miguel Pereira, presidente do conselho fiscal da Associação dos Taxistas de Angola (ATA), e a Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA) reiteraram que a paralisação se mantém por três dias, conforme o planeado.[10][11] Negaram ter chegado a qualquer acordo com o governo para suspender a greve e reafirmaram o seu compromisso em representar os interesses dos taxistas.[10]
Com os taxistas determinados a manter a paralisação até quarta-feira e o governo a prometer a reposição da ordem, o futuro imediato de Luanda é uma incógnita.[4] A população, já a braços com o aumento do custo de vida, é a principal vítima desta situação, enfrentando enormes dificuldades de mobilidade.[16] Resta saber se os próximos dias trarão uma solução negociada ou um aprofundar da crise que hoje paralisou a capital angolana.
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